Finanças

Cesta Básica em BH: Aumento de 4,09% Impacta Orçamento Familiar

A cesta básica em BH sofreu um aumento de 4,09%, impactando diretamente o orçamento das famílias. Este crescimento, registrado entre setembro e outubro deste ano, é um reflexo de uma tendência nacional que afeta diversas capitais brasileiras.

Valores da Cesta Básica em Belo Horizonte

Em Belo Horizonte, o valor da cesta básica subiu consideravelmente, refletindo o cenário econômico atual. Recentemente, a pesquisa do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) revelou que a capital mineira está entre as cinco cidades brasileiras com os maiores custos para a cesta básica.

Entre setembro e outubro, o aumento foi de 4,09%, colocando a cesta básica em BH com um custo médio de R$ 678,07. Para efeito de comparação, em São Paulo, o valor chega a R$ 805,84, evidenciando a pressão sobre o orçamento das famílias.

Valores da Cesta Básica em Belo Horizonte

Além disso, o levantamento destacou que, em outras capitais, os aumentos foram significativos, como:

  • Campo Grande: 5,10%
  • Brasília: 4,18%
  • Fortaleza: 4,13%
  • Curitiba: 4,03%
  • Natal: 4,01%

Esses dados mostram que o impacto da alta nos preços dos alimentos não é exclusivo de Belo Horizonte, mas sim uma tendência que está afetando todo o Brasil.

O aumento no custo da cesta básica compromete uma parte significativa da renda das famílias, especialmente aquelas que recebem até um salário mínimo. Para esses trabalhadores, a cesta básica representa 51,92% da renda, tornando a situação ainda mais crítica.

Portanto, é essencial que a população esteja ciente dos preços e busque alternativas para minimizar os impactos no orçamento familiar, como compras em atacados ou feiras locais, onde os preços podem ser mais acessíveis.

Causas do Aumento da Cesta Básica

O aumento do valor da cesta básica em Belo Horizonte pode ser atribuído a diversos fatores que se inter-relacionam e afetam o mercado de alimentos. Um dos principais motivos destacados por especialistas é a alta do dólar, que impacta diretamente o preço dos insumos importados e, consequentemente, os alimentos que dependem desses insumos.

Além disso, as condições climáticas têm desempenhado um papel crucial na produção agrícola. As variações climáticas, como secas ou excessivas chuvas, podem prejudicar as lavouras e resultar em uma oferta reduzida de produtos, elevando os preços. Por exemplo, itens como café e soja tiveram altas expressivas de 56,25% e 24,91%, respectivamente, devido a problemas climáticos que afetaram a colheita.

Outro fator a ser considerado é o aumento nos custos de produção, que inclui despesas com transporte e mão de obra. Com a elevação desses custos, os preços dos alimentos nas prateleiras dos supermercados também tendem a subir.

Fernando Duarte, economista e supervisor técnico do Dieese em Minas Gerais, ressalta que a alta no preço dos alimentos é uma consequência natural de um período de queda anterior, e que a oscilação dos preços é comum em um mercado tão dinâmico. Ele aponta que o aumento do preço do tomate e da carne, que são itens essenciais na alimentação dos mineiros, tem pesado no orçamento das famílias.

Demanda Crescente

Por fim, a demanda crescente por alimentos, especialmente em um cenário de recuperação econômica pós-pandemia, também contribui para a pressão sobre os preços. À medida que as pessoas voltam a consumir mais, a oferta pode não acompanhar essa demanda, resultando em aumentos de preços.

Portanto, entender essas causas é fundamental para que as famílias possam se preparar e buscar estratégias para lidar com os desafios impostos pelo aumento da cesta básica.

Paola Silva

Formada em Jornalismo na UCS, minha trajetória inclui atuação em assessoria de comunicação e apuração de notícias para jornais impressos de Santa Catarina, desenvolvi especialização na cobertura de temas econômicos e sociais em nível nacional.

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